Na noite de sexta-feira, 1º de junho, no Espaço Garden, a Loja Maçônica Rocha Negra Nº 1, uma das instituições pioneiras da maçonaria no Rio Grande do Sul e no Brasil comemorou os seus 149 anos de existência, registrados de fato em 29 de junho. O prefeito Lucas Menezes, acompanhado da primeira-dama Larissa Acosta, compareceu ao ato, sendo recebido pelo Venerável Mestre da instituição, Luis Guerino Teixeira, e autoridades maçônicas do Estado. Os secretarios Edjor Lopes Borges (Educação), Juliana Medeiros (Assistência Social) e Rogério Melo (Turismo e Cultura) também estiveram na festividade.

Lucas Menezes ressaltou o trabalho da instituição na promoção dos valores da fraternidade e do humanismo. "São Gabriel é o que é também em função das instituições e homens que construíram sua identidade ao longo da história, e sem dúvida a Rocha Negra tem um legado nessa construção, que ninguém pode apagar", assinala.

HISTÓRIA

Fundada em 29 de julho de 1873, a Loja Maçônica Rocha Negra Nº 1 teve em seus quadros vultos ilustres ao longo da histórica, como o Conde de Porto Alegre (Marechal Manoel Marques de Souza), o Barão de Candiota (Francisco Chagas), Jonathas Abbott, o médico e presidente (governador) do Rio Grande do Sul Fernando Abbott, e Deodoro da Fonseca, na época coronel, então comandante do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo de São Gabriel (Regimento "Boi de Botas") que viria a ser o proclamador e primeiro presidente da República.

A Rocha Negra é também uma instituição com papel histórico na luta pelo fim da escravidão. Por tradição, os primeiros associados tinham que apresentar cartas de alforria de escravos para serem aceitos na loja, e em 10 de setembro de 1884 a Loja Rocha Negra celebrou em sessão magna o fim da escravidão em São Gabriel, com a alforria dos últimos 900 escravos que existiam no município, quatro anos antes da abolição nacional da escravatura, em 13 de maio de 1888.