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representantes do CPERS

Comunidade escolar diz não à municipalização da Escola Celestino Cavalheiro

Na noite de quinta-feira (29/06), representantes do CPERS, educadores, estudantes, pais e mães reuniram-se para protestar contra a municipalização da Escola Estadual Celestino Lopes Cavalheiro. Munida de cartazes, a comunidade escolar realizou um ato no pátio da escola para deixar o recado: não à municipalização!
A diretora da escola, Giane Dorneles Monteiro, destacou a preocupação da comunidade com o futuro da instituição que, atualmente, atende cerca de 420 estudantes, do Ensino Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Somos uma família, a família Celestino. Ficamos tristes com o desrespeito do governo ao nos tratar somente como números. Temos uma história de 85 anos na comunidade Gabrielense, de dedicação e formação humana. A comunidade escolar não concorda com a municipalização. A nossa escola é referência de educação, organização, carinho e atenção com os alunos. Temos uma boa infraestrutura, possuímos mobiliário novo para os alunos e professores, acesso às tecnologias, excelentes profissionais, que resultou no melhor IDEB dos anos iniciais do município”, revelou a diretora.
Giane ficou sabendo da tentativa de municipalização através da assessoria jurídica da 19ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), mas ainda aguarda o contato da Seduc para debater o tema. “Fui procurar a secretária de Educação do município, que confirmou a informação. Mas ainda não recebemos um comunicado oficial da Seduc”.

APOIO DO CPERS
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, alertou sobre os principais perigos do processo de municipalização. Caso ocorra, professores e funcionários de escola podem ficar sem seus postos de trabalho e estudantes podem perder a convivência com os educadores e colegas que já estão ligados emocionalmente. “Se a escola for municipalizada, não fica nem um educador aqui! E a gente sabe que a afetividade, principalmente para os menores, é uma questão muito importante”, destacou.
Helenir ainda completou: “Escola não é mercadoria. Todos nós temos sentimentos e com a municipalização esses sentimentos não são respeitados. Para o governo, a escola é somente um número, apenas gasto, mas nós, que acreditamos na escola pública, não podemos permitir esse desrespeito. Não abram mão da escola de vocês, não abram mão dos professores e funcionários desta escola. Defendam a Celestino e contem com o CPERS nessa batalha”.
O diretor do 41º Núcleo do CPERS (São Gabriel), Pedro Moacir Moreira, destacou que a qualidade da escola é o alvo do município. “Vocês serão mais um número para a gestão municipal, que quer aumentar a arrecadação no Fundeb, essa é a verdade”.
Outra preocupação da comunidade escolar, exposta pela diretora do Sindicato, Juçara Borges, é quanto ao enxugamento da oferta de vagas para a EJA, modalidade atendida pela escola Celestino. “A EJA é muito importante, principalmente, para estudantes das escolas públicas. Os governos querem fechar as turmas de EJAs e retirar da gente o direito de voltar a estudar. Temos que defender a escola, sim, contem conosco”.

NÃO À MUNICIPALIZAÇÃO
Nesta quarta-feira (05/07), às 19h, será realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores de São Gabriel para tratar sobre o tema. A escola também está organizando um abaixo-assinado.


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