Protestos acontecerão em São Gabrie
Caminhoneiros prometem para após feriadão de 7 de setembro
Nas redes sociais como facebook, twitter, whatsapp e telegram, as convocações para o setor do transporte estão bem mais fortes. Apesar de lideranças caminhoneiras estarem divididas, a participação da categoria é quase certa. Mesmo com líderes contra, os motoristas de caminhão devem participar não representando uma classe, mas sim como cidadãos em prol do governo.
Um dos representantes, Plauto Gama, confirma a mobilização em São Gabriel, com início na parte da manhã (concentração na Avenida das Acácias, no Jardim Europa) e carreata, culminando com protestos na BR-290, no trevo do Posto Gauchão. No mesmo local, em maio de 2018, a classe dos caminhoneiros - apoiada por produtores rurais - paralisou o trânsito de veículos reivindicando mais renda e menos impostos.
Líderes dos caminhoneiros disseram, durante a semana, que só haverá adesão à paralisação no dia 7 de setembro se os protestos incluírem as demandas da categoria. Com liderança descentralizada, os caminhoneiros tentam realizar mobilizações ao longo deste ano, sem sucesso, contra o aumento no preço do combustível e em defesa da tabela com pisos mínimos de frete.
A convocação para o 7 de setembro, porém, recebeu críticas dos trabalhadores. Eles consideraram que as pautas não correspondem a suas necessidades. O protesto, segundo vídeo divulgado em redes sociais pelo cantor Sérgio Reis, seria favorável ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e defenderia a destituição de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e o voto impresso.
José Roberto Stringasci, presidente da ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), afirma que a ação pode receber apoio dos caminhoneiros, se incluir os pleitos da categoria. "Só vou apoiar como brasileiro e representante da categoria se o pessoal que está organizando colocar nessa pauta uma mudança na política dos preços dos combustíveis e uma reforma tributária já", disse.
Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), diz que a convocação de paralisação é antidemocrática. "Se há problema no Judiciário, no Legislativo, e há, são outras formas de resolver, não esse movimento extremado de fechar o Congresso, destituir ministro."
O presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, conhecido como Chorão e um dos líderes da greve de 2018, divulgou vídeo em que diz que os caminhoneiros não estão envolvidos nos atos e que o cantor não os representa.
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