otorrinolaringologista do Ceanne
O cuidado com a audição desde cedo
Porf Dr Joel Lavinsky
Ouvir a voz da ma?e, mu?sicas ou os sons do ambiente e? o que se espera como um dos primeiros sinais a serem reagidos pelos bebe?s, mas nem sempre isso acontece. No Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estati?stica), 11% da populac?a?o apresenta algum tipo de deficie?ncia auditiva.
Deste nu?mero, 0,2% nunca ouviu. Hoje em dia as maternidades ja? se responsabilizam por fazer os primeiros testes de audic?a?o em todos os bebe?s antes mesmo da alta hospitalar, entre eles, o famoso "teste da orelhinha". O primeiro teste que e? realizado e? o das emisso?es otoacu?sticas, avalia como o ouvido interno responde aos esti?mulos sonoros. Na oportunidade e? colocado um fone de ouvido na crianc?a e este e? conectado a um computador, que avaliara? a audic?a?o, por isso chamado de "teste da orelhinha". Caso os resultados obtidos sejam negativos apo?s a segunda tentativa e? realizado outro teste de complementac?a?o, o potencial evocado auditivo de tronco cerebral e em seguida tambe?m deve ser feita uma avaliac?a?o completa com um otorrinolaringologista. Se ja? houver surdez na fami?lia, pode ser realizado o teste gene?tico ainda na gravidez.
No caso de rece?m-nascidos, a surdez pode ocorrer por complicac?o?es no trabalho de parto, onde e? chamada de surdez conge?nita. Isso na?o exclui a possibilidade de ser adquirida nos primeiros anos de vida.
Segundo o Dr. Joel Lavinsky, otorrinolaringologista do Ceanne, aproximadamente 25% dos casos de surdez te?m origem desconhecida, metade apresentam causa gene?tica e os outros 25% ve?m de fatores ambientais. Um exemplo disto pode ser a rube?ola, caso a ma?e a adquira no peri?odo de gestac?a?o. A surdez na?o impede que o bebe? se desenvolva normalmente, brinque, aprenda e tenha um futuro de sucesso, desde que o acompanhamento me?dico seja realizado assim que esta caracteri?stica for percebida. "A intervenc?a?o precoce e? importante para o desenvolvimento da linguagem e das habilidades que podem ser afetadas pela surdez. Os rece?m-nascidos com diagno?stico desta deficie?ncia devem ser encaminhados para reabilitac?a?o o mais ra?pido possi?vel, especialmente antes dos seis meses de vida. A reabilitac?a?o pode envolver o uso de aparelhos auditivos para amplificac?a?o sonora. No entanto, se a perda auditiva for bilateral severa/profunda, a crianc?a pode ser uma candidata a? implante coclear, se na?o houver benefi?cio com aparelho auditivo. O implante coclear consiste em eletrodos que sa?o inseridos na co?clea e um dispositivo externo capta e processa o som. Este implante restabelece a func?a?o do ouvido interno ao levar sinal auditivo ate? o ce?rebro. Tanto as crianc?as com aparelhos auditivos, quanto as crianc?as com implantes cocleares, necessitam de um acompanhamento para terapia de linguagem com fonoaudio?logo", explica Lavinsky.
O diagno?stico da surdez em uma crianc?a nunca e? esperado, mas este deve ser aceito com todo o carinho e cuidado que ela merece. Assim o bebe? na?o se desenvolvera? vendo a falta de audic?a?o como uma barreira e se adaptara? facilmente a? realidade em que vive. Ainda e? importante reforc?ar que o primeiro exame, o teste da orelhinha funciona mais como uma triagem para garantir que o bebe? na?o tem problemas de audic?a?o, mas, assim como nas outras a?reas da sau?de, os pais ou responsa?veis devem permanecer atentos a possi?veis sinais que possam identificar a falta da audic?a?o. E tambe?m e? relevante ressaltar que em caso de reprovac?a?o no teste da orelhinha na?o quer dizer que o bebe? seja surdo, mas mostra que aquela crianc?a precisa de ainda mais atenc?a?o neste sentido e que precisa ser encaminhada o mais breve possi?vel para uma avaliac?a?o com um otorrinolaringologista.
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