17 mortes em 24 horas
São Gabriel registra a 30ª morte associada à Covid-19
Em 24 horas, o Rio Grande do Sul registrou mais 17 mortes pela covid-19. Agora, são 7.183 óbitos causados pela doença em solo gaúcho, de acordo com boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES), divulgado no domingo (06/12) A pasta registrou ainda 2.236 novos infectados. Com isso, o total de casos de coronavírus chega a 349.035. Os recuperados são 320.382 - o equivalente a 92% do total de ocorrências. No sábado, as cidades com maior número de registros de novos infectados foram Porto Alegre (842), Passo Fundo (135), Canoas (103), Pelotas (90), São Gabriel (89) e Novo Hamburgo (76). As mortes divulgados neste domingo ocorreram entre 30 de novembro e 5 de dezembro.
São Gabriel também registrou mais um óbito de uma paciente idosa - com 89 anos. Agora, o Município tem 30 mortes associadas à Covid-19.
No boletim divulgado no sábado (05/12), o Comitê Covid informou 448 casos ativos, sendo 20 pacientes hospitalizados e 428 em isolamento domiciliar. São Gabriel também tem 4 pacientes de fora do Municípios internados no Hospital de Santa Casa.
FASE CRÍTICA
O esgotamento de leitos privados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) verificado neste domingo (06/12) na Região Metropolitana é visto por especialistas em saúde como um alerta de que o Rio Grande do Sul está ingressando na fase mais difícil de combate à covid-19 desde o começo da pandemia.
Durante a tarde, 100% das 354 vagas particulares para pacientes graves estavam em uso na macrorregião metropolitana, que inclui a Capital, cidades próximas e do Litoral Norte. Esse patamar recuou levemente para 99% ao final do dia.
Conforme o site de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a macrorregião onde está a Capital tinha apenas três leitos particulares de UTI disponíveis às 19h. Em Porto Alegre, a lotação da rede privada estava em 98,3%. Levando-se em conta também a estrutura do SUS, a taxa geral de uso estava em 89% conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
O mais recente mapa preliminar do distanciamento controlado apontou 20 das 21 regiões gaúchas sob "alto risco".
Aqui na região, de março a outubro, durante os oito primeiros meses de pandemia, Rosário do Sul era considerada uma das cidades da região que melhor conseguiu controlar o avanço da Covid-19: eram duas mortes e 478 casos confirmados em uma população de cerca de 39,3 mil habitantes. Só que, desde novembro, a situação mudou. Em pouco mais de um mês, foram mais 800 casos confirmados (totalizando 1.279) e 21 mortes. Números alarmantes, que fizeram o sistema de saúde do município entrar em colapso e deixam o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, o único da cidade, superlotado há mais de 30 dias. Quatro das 21 mortes foram registradas entre sexta e domingo. Dois pacientes estavam internados no hospital de Rosário e um terceiro morreu em outra cidade, mas rosariense.
Durante dois finais de semana, a prefeitura de Rosário do Sul chegou a decretar lockdown, para tentar frear o aumento de casos. A medida, no entanto, acabou não se repetindo no fim de semana.
"Podemos contratar mais gente, podemos abrir mais leitos, mas, se as pessoas não se cuidarem, vai ter mais casos, a curva vai aumentar, vai faltar capacidade para uma atendimento humanizado. Nós estamos em uma situação crítica. Os profissionais da área de saúde estão esgotados, eles têm se doado, têm se exposto, têm adoecido. Precisamos que a população nos ajude. São vidas que estão sendo perdidas", disse o assessor técnico da Secretaria de Saúde para o Jornal Diário SM.
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