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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Jornalismo de funerária
Depois da frustração com a "variante Delta", a "variante Omicron" e a contínua queda nas mortes por covid no país, a esperança do Jornalismo de Funerária passou a ser os surtos de gripe no Rio e São Paulo, como se estes jamais tivessem acontecido ao longo dos anos. Ao que parece, perderam completamente o senso da realidade e do ridículo.

O último
O Brasil está marchando para, em breve, ter apenas presos políticos encarcerados, além de, conforme o humor do Supremo, alguns criminosos violentos. O último dos corruptos ainda preso está prestes a ganhar a liberdade. Baseado na decisão absurda do STF de libertar o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o "Lula", a Primeira Turma do TRF2 decidiu determinar a substituição da prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral pela prisão domiciliar. O dublê de ex-governador e cleptomaníaco só permanecerá preso por enquanto porque responde a mais quatro processos na Justiça Federal.

Raposa cuidando de galinheiro 

O padre Ismael Almeida Santana, ex-reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora do Socorro em Mogi das Cruzes, SP, foi gravado ameaçando e agredindo um ex-seminarista dentro das dependências da instituição. O seminarista acusa o padre de violência sexual. As imagens foram gravadas. O tribunal eclesiástico da diocese de Mogi das Cruzes suspendeu e afastou o padre de suas funções e abriu uma "investigação canônica". Ismael confessou que mantinha um romance com a vítima, mas negou a agressão. O "padre" acumulava os cargos de reitor do Seminário, notário atuário do tribunal eclesiástico diocesano, membro da comissão diocesana de tutela de menores e assessor diocesano da Pastoral do Menor.
A Igreja tem a obrigação de selecionar melhor seus padres, principalmente que lidam diretamente com menores em risco social.

Oportunidade perdida
O chef Alex Atala está lançando o livro "Manihot Utilissima Pohl: Mandioca", pela editora Alaúde esta semana em São Paulo. Com mais de 400 páginas, o livro aborda aspectos culturais e conta como a mandioca resiste e permanece como sustento e alimento da população. Atala esqueceu que convidar para o lançamento outra fã incondicional da raiz, a "ex-presidenta" Dilma Rousseff, que imortalizou a mandioca em inesquecível "saudação" durante a abertura dos Jogos Indígenas de 2015, em Brasília. Na ocasião, Dilma também discorreu sobre a importância das "mulheres sapiens".

Cara de pau
O editorial publicado pelo jornal O Globo no domingo passado vai de encontro a tudo que apregoou nestes dois anos de pandemia. O Globo concluiu que, "manter as crianças longe da escola por tantos meses foi um crime de reparação longa e custosa, que deixará marcas profundas em toda uma geração". Cabe lembrar que, tanto o jornal como os demais veículos de comunicação da família Marinho, durante a pandemia promoveram um verdadeiro "jornalismo de funerária", causando terror e pânico na população. Ameaças baseadas na palavra de seus "especialistas", como "Vão faltar seringas no Brasil para a vacinação", "O país não terá vacinas para toda a população", "Faltará oxigênio nos hospitais para os pacientes entubados" e outras baboseiras foram uma constante em suas matérias. Agora, o jornal repercutiu as conclusões de um estudo sobre o tema realizado em conjunto entre a Unesco, o Unicef e o Banco Mundial sobre o assunto, tentando se furtar da responsabilidade que teve sobre esta catástrofe educacional.

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