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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Desmonte
O governo de Jair Bolsonaro, apesar de sua estreiteza intelectual e moral seletiva, tem um punhado de ótimos e competentes ministros e auxiliares de primeiro escalão. Tais técnicos só não tem o destaque merecido entre a população em função da mão única adotada pela grande imprensa nacional, a de atacar o governo a qualquer custo, não se importando as consequências de tais atos para o país, tornando-os quase invisíveis. Estão entre este punhado de competentes técnicos, Tereza Cristina, da Agricultura, Tarcísio do Amaral, da Infraestrutura, Pedro Duarte Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, Roberto de Oliveira Campos Neto, presidente do Banco Central, Paulo Gudes, na Economia, dentre outros. Agora, fico sabendo pela grande imprensa, que vários deles deixarão seus cargos à pedido do presidente para, com candidaturas a diversos cargos eletivos, ajudarem-no em sua tentativa de reeleição. Tais cargos seriam "naturalmente" preenchidos pelos novos aliados do Centrão. É por estas e outras que sou contra o instituto da reeleição.

Enganador
O presidente Jair Bolsonaro atirou mesmo no lixo seus compromissos de campanha. Após seu recente "casamento" com o Centrão, pressionado pelos sindicalistas e a área judiciária do trabalho, resolveu trazer de volta o pagamento obrigatório do famigerado imposto sindical, extinto a três anos. O novo texto, que de forma safada retira a palavra "imposto" da cobrança, foi elaborado pelo Grupo de Altos Estudos do Trabalho, sob a batuta de Rogério Marinho, e fará parte de uma PEC acompanhada de um projeto de lei para alterações legislativas infraconstitucionais. Como se vê, paulatinamente o governo Bolsonaro vai ficando cada vez mais parecido com os inescrupulosos governos que o antecederam.

Guardiões da impunidade
Na terça-feira, o ministro indicado ao STF por Jair Bolsonaro, Kássio Nunes Marques, concedeu habeas corpus para que quatro conselheiros corruptos do TCE do Rio de Janeiro voltem ao trabalho. No mesmo dia, por três votos (Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Kássio Nunes Marques) a um (Fachin), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal anulou provas colhidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra Flávio Bolsonaro no inquérito das "rachadinhas". Os ministros votaram para invalidar quatro relatórios de inteligência financeira produzidos pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras - Coaf e as provas levantadas a partir deles, incluindo dados da quebra de sigilo do senador. O colegiado decidiu anular os documentos produzidos com base em pedidos específicos. Sem os relatórios do Coaf, o caso das "rachadinhas" de Flávio deve voltar ao estágio inicial, caminhando para a prescrição. Uma semana antes, o mesmo grupo decidiu pelo desbloqueio dos "bens" do dublê de ex-presidente e ex-presidiário Luiz Inácio da Silva, o "Lula".

Articulações
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, derrotado nas prévias de seu partido pelo governador de São Paulo, João Dória, tem encontro agendado para este sábado com o pré-candidato pelo Podemos, Sérgio Moro. A reunião acontecerá durante a visita do ex-juiz ao Estado neste próximo fim de semana.

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