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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

O aumento do chamado "fundão eleitoral" durante a pandemia de coronavírus, quando milhões de brasileiros sofrem com a alta de preços e o desemprego decorrentes do mesmo é o mesmo que escarrar no rosto da população. A cafajestice foi incluída na LDO pelo deputado Juscelino Filho, do DEM do Maranhão, relator do projeto, mais foi resultado de um amplo acordo entre parlamentares e lideranças de vários partidos. A ideia, porém, surgiu de parlamentares ligados ao presidente da Câmara, Arthur Lira, do PP das Alagoas. A tunga de R$5,7 bilhões do bolso dos brasileiros para financiar suas campanhas eleitorais nasceu em função da perda por parte dos deputados da indicação de centenas de cargos públicos com o objetivo de, através do desvio de verbas públicas, abastecer seus partidos. Tais privilégios haviam sido perdidos após o fim dos governos do PT e de Michel Temer. A proposta teve 278 votos a favor, 145 votos contra e uma abstenção entre os deputados. Já no Senado, o placar ficou em 40 votos favoráveis e 33 contrários.


Descaramento II

Terminou na quarta-feira que passou a greve dos funcionários da Procempa, empresa Municipal de processamento de dados da capital gaúcha. No mesmo dia, o prefeito Sebastião Melo denunciara a greve que já durava 60 dias como uma espécie de chantagem com o fim de obter - em plena pandemia - um aumento salarial de 23%. Segundo Mello, os funcionários da estatal recebem salários entre R$ 10 mil a R$ 20 mil mensais, além de mais R$ 3.200,00 de benefícios.


Monstrengo
Está em gestação na Câmara Federal uma proposta de mudança do regime presidencial para uma anomalia chamada de  "semipresidencialismo". O monstrengo era o sonho do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, o "Nhônho" que sonhava virar primeiro-ministro, embora os escassos votos que obtivera para se eleger deputado em seu próprio Estado, o Rio de Janeiro.


Fake News X Brasil real
Enquanto a imprensa e o Congresso dão espaço para a ridícula CPI da Cloroquina, o plano do "semipresidncialismo" de Renan Calheiros, Arthur Lira e seu bando, a economia do Brasil é notícia nos meios de comunicação sérios pelo mundo afora. Tudo indica que, nos próximos meses a economia deverá seguir com sua trajetória de recuperação, com previsão de um robusto crescimento do PIB neste ano e no vindouro. Mesmo com o arrefecimento da pandemia no país durante o primeiro trimestre do ano, a economia registrou um crescimento de 1,2%. A Forbes prevê um crescimento de 5,3% na economia brasileira neste ano, com uma inflação de 5,9%. Diante da crise provocada pela pandemia, os números são positivamente surpreendentes. E as boas notícias não param por aí: Esta semana, o governo anunciou que a arrecadação dos impostos federais no mês de junho passou dos R$ 135 bilhões, um aumento de quase 50% sobre junho de 2020.


Cheiro de mofo
Jair Bolsonaro confirmou esta semana o convite ao notório senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí e presidente nacional da sigla, para ocupar o cargo de ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República. No passado, Nogueira já chamou-o de "fascista" e "preconceituoso", mas agora, é todo elogios ao seu novo melhor amigo. É de desanimar quando um presidente da República retira um homem como o ex-juiz Sérgio Moro de um ministério e coloca um tipo como Ciro Nogueira em outro. Ciosas de Brasil.

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