Fiscais flagram "gato"
OBRA, NA AREA CENTRAL, ESTAVA SENDO FEITA COM ÁGUA FURTADA.
Servidores da concessionária São Gabriel Saneamento - enquanto realizavam fiscalização para detectar ligação de água inativa - flagraram, durante a semana, uma obra que estava sendo executada com uso de água "furtada", conduta conhecida popularmente como “gato”. A empresa constatou que no local havia uma ligação direta com a rede pública de águas, sem relógio medidor.O responsável pela construção (um prédio já com dois pavimentos semi concluídos) se aproveitou de uma rede que estava desativada e implantou um ramal, que permitiu que ele utilizasse a água de forma indevida.O proprietário ainda tentou argumentar, mas com a presença da Brigada Militar, o caso acabou parando na Delegacia de Polícia.Os fiscais alegam que estiveram no local em quatro oportunidades. Nas vezes anteriores, não conseguiram ter acesso ao canteiro de obras; desta vez, uma abertura no tapume permitiu que fosse visualizado o uso da água.Em nota, a São Gabriel Saneamento informou que está providenciando a colocação de medidor no local; já o proprietário responderá legalmente pela prática do crime, cabendo, de imediato, o pagamento retroativo de 12 meses (conforme média de uso dos próximos meses).CRIME QUE PODE RESULTAR EM PRISÃOCasos semelhantes já resultaram em prisões e multas altas em todo o Brasil. Lamentavelmente, o "gato" é uma ação bem comum no país. Mas, tem vezes que o criminoso se dá mal.Em Brasília, os desembargadores da 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), por unanimidade, negaram provimento ao recurso do réu e mantiveram a sentença do juiz da 2ª Vara Criminal de Taguatinga, que o condenou a dois anos de reclusão, além de multa, pela prática do crime de furto de água. O proprietário do imóvel assumiu que foi o autor da ligação clandestina e acabou na Delegacia. Como o réu preenchia os requisitos exigidos em lei, a pena de reclusão foi substituída por duas penas alternativas.
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