Estiagem
Prefeitura projeta a distribuição de água potável para famílias na zona rural
Ainda sem números oficiais, mas com um trabalho de monitoramento das comunidades que historicamente sofrem com a falta de água em períodos de estiagem, a Prefeitura - através da Secretaria de Desenvolvimento Rural - está se antecipando ao confirmar a organização de um plano de apoio às famílias que anunciam falta de água potável para consumo humano.
A ideia é formar equipes para distribuição de água através de caminhões pipa, como aconteceu em 2020 beneficiando mais de 300 famílias (por semana) com caminhões da Prefeitura, São Gabriel Saneamento e Exército.
"A estiagem começa a preocupar", afirma o secretário de Desenvolvimento Rural, Carlos Cléber Dias Leal.
Segundo dados preliminares da pasta, hoje, há registro de famílias sem água na zona rural e deficiência hídrica para aguamento de algumas culturas.
"É o caso do milho de plantio de época. Os produtores começam a enfrentar problemas no nascimento e desenvolvimento. O do cedo (que é pouco aqui na região) sofreu algumas quedas. O mesmo acontece com os hortifrutigranjeiros que, sem irrigação, enfrentam sérios problemas e a pecuária - que está em época de reprodução e terá problemas se esta estiagem persistir", argumenta o secretário.
A situação é menos complicada para a classe arrozeira que conseguiu encher os reservatórios (barragens) na primavera e para os produtores de soja. "Quem plantou na época certa, não teve problema com o nascimento, mas terá dificuldades com o desenvolvimento se persistir seca".
O secretário ainda aguarda os dados de outras instituições para relatar possíveis prejuízos no setor do agronegócio, mas alerta: "se dentro de 15 dias não vier uma boa chuva, já será possível fazer estimativa do prejuízo".
NO ESTADO
Na próxima segunda-feira (03/01), às 14h, na sede da Defesa Civil do Estado, a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Silvana Covatti, se reúne com a Defesa Civil e a Emater-RS/Ascar para alinhar as ações de combate à estiagem no Rio Grande do Sul. No momento, 48 municípios decretaram situação de emergência por conta dos prejuízos ocasionados pela falta de chuva.
De acordo com o chefe de gabinete da Secretaria, Erli Teixeira, "entre as ações já em andamento neste momento estão a solicitação para que a Emater priorize a verificação dos laudos do Proagro solicitados pelos produtores, auxilie as prefeituras nos decretos de situação de emergência e que apresente um levantamento das perdas com a estiagem".
Na pauta do encontro também estará em discussão algumas propostas como a possibilidade de anistia dos valores devidos ao Programa Troca-Troca de Sementes de Milho e Sorgo, executado pela Secretaria, e possíveis ações do programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural já para o início do ano que vem, quando o orçamento estiver disponível.
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