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Estado alega não ter obrigação

Comunidade cobra transporte para educadores e funcionários de escolas

Após a audiência no Ministério Público, em Porto Alegre, na segunda-feira (21/03), os representantes de escolas sem transportes para alunos se deslocaram até a Seduc para exigir um posicionamento e solução para os problemas. Os manifestantes foram recebidos pelo diretor-geral da Seduc, Guilherme Corte, que afirmou o mesmo prometido pela promotora do MP, em no máximo 15 dias, todas as empresas prestadoras do serviço estarão contratadas.

Além da situação dos alunos, os presentes também reivindicaram que professores e funcionários das escolas do campo tenham acesso ao transporte escolar.

Durante a reunião, foi entregue um dossiê apresentando a realidade da região e as dificuldades de acessibilidade dos servidores. No documento, ainda constam contracheques de educadores e os valores para a realização do transporte particular. Um exemplo é o de uma funcionária contratada, que recebe cerca de R$ 1.800 e teria que desembolsar cerca de R$ 1.300 de transporte.

No entanto, Guilherme afirmou que esta demanda não é prevista em lei; portanto, não é obrigação do estado fornecer esse serviço.

A presidente Helenir destacou a incoerência do comentário, visto que, o próprio governo acabou com a gratificação de local de exercício desses educadores, retirando os meios para que cumpram o seu papel.

"Não vamos aceitar que professores e funcionários paguem para trabalhar, isso é escravidão. Um estado que tem 41 deputados ao seu lado só precisa ter vontade política para alterar essa realidade. É preciso ter compromisso com a educação".

A direção do CPERS buscará junto à Assembleia Legislativa a alteração do decreto para que os professores e funcionários das escolas do campo também sejam inclusos como beneficiários do transporte escolar.

Após a reunião, ficou decidido que um novo encontro será realizado na próxima segunda-feira (28/03), na Câmara de Vereadores de São Gabriel.

O CPERS reafirma sua permanente luta para assegurar a existência e a ampliação das escolas e matrículas nas comunidades e pressionará para uma rápida resolução da situação do transporte escolar e a manutenção das escolas do campo e tudo o que as mesmas representam.

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