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Audiência na Justiça Militar

Corpo de Gabriel foi encontrado de pé, afirma capitão da BM

A terceira audiência que investiga o desaparecimento do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, apresentou novos detalhes ao caso. Capitão Magno Almeida da Siqueira, que responde pelo comando do Esquadrão, e o soldado Jorge Nicael Oliveira Lopes, mencionaram relatos de um policial civil (que trabalhou no caso), onde o agente afirma que faria de tudo para prejudicar o trabalho da BM. Siqueira teve acesso a áudios de whatApp que comprovam a denúncia apresentada à Justiça.

A audiência aconteceu na Justiça Militar Estadual de Santa Maria, na última segunda-feira (14/11). Cinco Policiais Militares foram ouvidos. Os soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso e o sargento Arleu Júnior Cardoso Jacbosen - réus na Justiça Militar pelos crimes de ocultação de cadáver e falsidade ideológica - acompanharam os depoimentos. Também estavam presentes os familiares de Gabriel. Os próximos depoimentos estão marcados para acontecerem nos dias 30 e 31 de janeiro, em São Gabriel, e 15 de fevereiro, em Santa Maria. Os policiais civis citados pelos policiais militares devem ser intimados para prestar depoimento.

Os três envolvidos no caso também fazem parte de um inquérito que investiga a morte do jovem corre na Justiça Estadual. Os três negam a morte do jovem Gabriel.

OS DEPOIMENTOS

A soldado Lisandra Gonçalves Dorneles, que trabalhava no atendimento do telefone 190 na noite do desaparecimento de Gabriel, confirmou que recebeu a ligação de Paula Lima da Silva, moradora da casa onde Gabriel foi abordado. Lisandra despachou os policiais para o local, mas não teria feito o registro do atendimento no sistema da polícia. Segundo informou a policial, o sistema tem problemas e apresenta instabilidade dificultando o registro das ocorrências. "Não consegui colocar no sistema porque a internet estava ruim e o sistema estava instável naquele momento".

O capitão Magno Almeida de Siqueira e o soldado Santo André Freitas da Silva (da Patrulha Rural de Rosário do Sul) informaram que encontraram o corpo de Gabriel, no final da tarde de 19 de agosto, submerso e preso na vegetação. A vítima estava em pé e com bastante vegetação em volta.

Além do capitão e do soldado, pelo menos outros dois policiais também estavam na embarcação. O grupo fez uso de uma ferramenta (denominada poita), com uma esfera de ferro pesada e um gancho na ponta presa por uma corda.

Segundo informou o Jornal Diário de santa Maria, o capitão Siqueira afirmou: "Nós vimos aquele volume que estava um pouco mais alto que a vegetação normal e atiramos (a poita) duas vezes. Na primeira, acertou no volume, mas não deu para ver nada. Na segunda vez que atiramos, se mexeu e vimos a orelha dele e identificamos que era o corpo dele. Daí chegamos mais perto e trabalhamos para tirar da água. Ele estava em pé. Era como se ele estivesse caminhando e caído dentro da água".


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