Jornal de São Paulo relacionou lotes vencidos
'São Gabriel não aplicou vacinas vencidas', diz Prefeito
"O Município de São Gabriel não teve nenhum lote de vacina vencida como foi dito pelo jornal Folha de São Gabriel". A manifestação foi feita pelo prefeito Rossano Gonçalves durante transmissão ao vivo, no domingo (04/07), do Salão Paroquial, onde acontecia o Dia D de vacinação contra a Covid-19.
Segundo o prefeito, o lote mencionado na reportagem chegou ao Município em janeiro e foi aplicado no mesmo mês. Tais vacinas venceriam somente em abril. "Portanto, tranquilizo a minha comunidade. Você, que recebeu a vacinação em janeiro, não tem vacina vencida", destacou Rossano, ao classificar a reportagem do jornal paulista como um desserviço à população brasileira.
Em nota, a Comunicação Social da Prefeitura informou: "Em face da reportagem da Folha de São Paulo divulgada nesta sexta-feira sobre milhares de brasileiros que teriam tomado doses vencidas da vacina Oxford/Astrazeneca, o Município de São Gabriel tem a informar que o lote 4120Z005, mencionado na reportagem, com vencimento em 14 de abril, foi utilizado totalmente pela Secretaria Municipal de Saúde no mês de janeiro, antes, portanto, da data de vencimento das doses.
O Município, que tão somente aplica os imunizantes adquiridos pelo Governo Federal e transportados à região pelo Governo do Estado, tem feito sua parte para a administração das vacinas aos brasileiros, trabalhando ao máximo pela celeridade e eficácia na proteção de nossa população contra os efeitos do Coronavírus".
NO BRASIL
Prefeituras de diversas cidades do país negaram ter aplicado vacinas contra a Covid-19 fora do prazo de validade, apontando para um possível erro no sistema do Ministério da Saúde, após um levantamento com base em dados da pasta apontar que ao menos 26 mil doses vencidas do imunizante da AstraZeneca teriam sido aplicadas no Brasil. Segundo o levantamento, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, na sexta-feira (02/07), as vacinas vencidas seriam provenientes de lotes importados da Índia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ou adquiridos por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Apontada como cidade que mais aplicou vacinas vencidas, com mais de 3.500 doses, Maringá (PR) negou qualquer irregularidade, afirmando tratar-se de um atraso no registro dos dados no sistema do Ministério da Saúde. "O lançamento no Sistema Conect SUS está diferente do dia da aplicação da dose. Isso porque, no começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS", disse o secretário da Saúde de Maringá, Marcelo Puzzi, em nota oficial.
As prefeituras de cidades como São Paulo, Juiz de Fora e Belo Horizonte, que também teriam aplicado vacinas fora do prazo de validade segundo o levantamento publicado pela Folha, negaram ter usado vacinas vencidas por meio de notas oficiais. Conforme o levantamento publicado pela Folha, que compilou dados até 19 de junho, os imunizantes que tiveram prazo de validade expirado teriam sido utilizados em 1.532 municípios, na maioria não passando de 10 doses cada.
A vacina da AstraZeneca é a mais usada contra a Covid-19 no país, respondendo por 46,2% de toda a imunização no país. De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, quem tomou imunizante vencido precisa se revacinar pelo menos 28 dias depois de ter recebido a dose administrada equivocadamente, uma vez que considera-se que a pessoa não foi vacinada.
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