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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Censura
Aberração existente somente no Brasil e em algumas republiquetas sem importância, a Justiça Eleitoral durante o período campanhas políticas, tenta justificar sua existência com demonstrações de força, ignorando a Constituição e a liberdade de expressão. Somente na semana passada censurou um vídeo da CUT que atacava o presidente Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo em que para equilibrar, censurava o áudio da reunião deste com os embaixadores estrangeiros, na qual Bolsonaro botava em dúvida a eficácia das urnas eletrônicas. Candidatos, jornalistas e até mesmo eleitores que expressam suas opiniões nas redes sociais também sofrem uma série de restrições. A ridícula legislação eleitoral chega ao ponto de determinar qual metragem máxima da propaganda que um candidato pode expor em uma propriedade particular de um eleitor seu.

Tática totalitária
Uma das táticas dos regimes totalitários consiste em, além de perseguir sua vítima alvo, atingir também os familiares e amigos do mesmo para leva-lo a rendição total. Aqui no Brasil, as recentes ações do ministro Alexandre de Moraes do STF em muito se assemelham a tais táticas, muito usadas durante os governos stalinistas soviéticos e fascistas da Alemanha e Itália dos anos 30 e 40. Apesar do deputado aloprado Daniel Silveira ter sido beneficiado por um indulto presidencial, portanto não estando mais sujeito a qualquer tipo de ação judicial movida pelo STF, o ministro agora deu para perseguir sua esposa e advogada Paola da Silva, xeretando suas contas bancárias e bloqueando seu Instagram e Twitter. Paola, que está concorrendo a uma vaga de deputada, com o bloqueio, além de ter cerceada sua liberdade de opinião terá sua campanha eleitoral prejudicada. Tristes tempos.

Destemperado
A escolha do deputado mineiro André Janones para coordenar a campanha digital do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o "Lula", tem se mostrado um erro que poderá custar caro eleitoralmente. Primeiramente Janones foi acusado por um ex-assessor de promover "rachadinhas" em seu gabinete. Diante de sua negação de tal acusação, o mesmo ex-funcionário publicou mensagens entre o deputado e seus assessores, no qual Janones chama aos mesmos de "tapados", "bando de desgraçados", "doentes mentais" e outras barbaridades. Mas não parou por aí. A última façanha do "coordenador", para desespero da assessoria de Lula, foi a de se envolver em uma briga nos bastidores do debate na Bandeirantes com Sergio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, chamando-o de "racista", "capitão do mato" e "vagabundo. Camargo afirmou que irá processá-lo por racismo.

Números
Embora o atual governo não preze muito pela preservação da Amazônia, o site do Partido dos Trabalhadores mente quando afirma que a preservação foi um "legado" do governo Luiz Inácio da Silva. Na realidade, nos primeiros três anos do governo de Lula foram desmatados em média 24 mil quilômetros, 105% a mais que nos primeiros três anos do governo de Jair Bolsonaro. Já  o atual governo aumentou o desmatamento em 15% frente ao de sua antecessora, Dilma Rousseff. Se formos conferir os números, o campeão do desmatamento foi FHC em seus oito anos de mandato, com 150 mil quilômetros quadrados desmatados. É a maior área desmatada na Amazônia de todos os governos. Em segundo lugar vem àquele que supostamente deixou o "legado", com quase 126 mil km2. Jair Bolsonaro ocupa o terceiro lugar, com 36 mil quilômetros quadrados desmatados.

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