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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Eleições no RS
A última pesquisa do Instituto Paraná - aquele que mais se aproximou da realidade obtida nas urnas nas últimas eleições - demonstram uma polarização entre o ex-governador Eduardo Leite e o ex-ministro Onix Lorenzoni no RS, apontando para a realização de um segundo turno. Leite, do PSDB está com 29,5% das intenções de voto, enquanto Onix, do PL, com 22,1%. Os demais, até agora, só "cumprem a tabela". Beto Albuquerque do PSB tem 7,6% das intenções de voto, Luiz Carlos Heinze, do PP, 6,5% e Edegar Preto, do PT, 5,3%. Se a disputa assim se mantiver, as chances de que Eduardo Leita vença as eleições são grandes, pois a rejeição de Onix, intimamente ligado ao bolsonarismo, na esquerda é enorme.

Lágrimas argentinas
A Argentina é, em teoria, um país privilegiado. Com recursos naturais em abundância, uma base industrial diversificada, um setor agrícola forte e uma população com altos índices de alfabetizacão, tinha tudo para ser um paraíso econômico na América do Sul. Em crescente desenvolvimento desde às vésperas da primeira grande guerra, sua economia que chegou a ser a sexta maior do planeta e entre os anos de 1932-1974, a economia cresceu surpreendentes 3,8% ao ano, criando a maior classe média proporcional da América Latina. Mas os argentinos tem o triste cacoete de persistirem no erro, elegendo os ditos "sucessores de Perón. O inchaço do Estado promovido pelo peronismo em suas várias nuances, programas protecionistas arcaicos aliados a "benefícios sociais" demagógicos e sem sentido, contribuíram para a acelerada derrocada econômica do país. Tais fatos vem se sucedendo a décadas. Hoje, a atual crise econômica argentina se origina no kirchnerismo, comandado por Cristina Kirchner, tendo como testa de ferro Alberto Fernández e como apoio La Campora e Axel Kiciloff .  Na semana passada, com a queda do fracassado ministro da Economia Alberto Guzmán, que para desagrado do kirchnerismo ousara esboçar um acordo com o FMI esperando com isso tirar o país do isolamento econômico, foi defenestrado. Obediente, e em busca de um sucessor para o ministério, Alberto Fernández procurou Cristina, com quem estava de mal. Saiu de lá com o nome de Silvina Batakis, identificada com a ala "heterodoxa" da economia argentina. Em uma semana, o dólar saltou de 239 para 268 pesos. O buraco onde o país está afundando aumenta a cada ano e só terá fim quando finalmente os argentinos se derem conta de que, se algum dia Perón foi bom para a economia da Argentina, tal fato se deu em um passado distante e seus sucessores políticos foram e ainda são uma sucessão inesgotável de fracassos econômicos e sociais.

Bandeiras
Depois de ter se tornado óbvio que o sistema econômico apregoado pelos marxistas fracassou, os eternos contestadores, viúvas do regime, se apropriaram de bandeiras cujos apoiadores até então estavam sujeitos à prisão nos países comunistas, como a das feministas e a dos homossexuais. Na realidade, todas minorias só conseguiram avanços em seus direitos nos países onde vigoravam regimes democráticos. Nas ditaduras, em especial nas de esquerda, foram perseguidos. A substituição do conceito de luta de classes por esta ridícula militância racial e sexual, como se até então nos países democráticos existisse um apartheid, só se sustenta devido ao fato da leitura não fazer parte do cardápio da juventude brasileira. Assim, com o apoio da grande mídia engajada, artistas sem cultura mas opiniáticos e de "mestres" despreparados ou mal intencionados, vão pouco a pouco impondo a cartilha dita "politicamente corretas" goela abaixo da população.

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