SÃO GABRIEL WEATHER

Ricardo Peró

Luzes & Sombras

Um detalhe que até agora não chamou a atenção da grande mídia foi o fato de que, até agora, a CPI da Pandemia não conseguiu levantar nenhum ato de corrupção do governo federal durante o combate à covid-19. O grande mote da CPI está sendo o incentivo ao uso da hidroxidocloroquina pelo governo federal e uma suposta culpa do Ministério da Saúde no atraso do envio de oxigênio para Manaus durante o auge da crise no Estado. O problema é que agora, nove governadores terão de dar explicações sobre o uso de uma enorme quantidade de dinheiro recebida do governo federal para o combate à pandemia. E ainda faltam os prefeitos. Se vivêssemos num país onde se aplicassem as leis, certamente terminaria com diversas prisões.

Antas também comunicam
Às vezes fico na dúvida se alguns âncoras de jornais são mal intencionados ou apenas ignorantes. Lembro que, anos atrás, durante a eleição que terminou por levar Barak Obama ao poder, uma entusiasmada apresentadora de jornal televisivo e "analista política" declarou que com a eleição do novo presidente norte-americano "as armas certamente seriam proibidas no país". Outra dizia que uma nova "era de paz e entendimento" entre os países do mundo estava por começar. A primeira "especialista" esqueceu da Emenda II da Constituição daquele país, que reza: "Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser impedido". Já a outra especialista que especulava "uma nova era" esqueceu que Barak Obama não era Gandhi, mas apenas mais um presidente eleito pelo Partido Democrata, agremiação que esteve no poder durante muitas guerras e conflitos e que não costuma ter boas relações com países que violam os direitos humanos. Também ignorou que, por seu perfil econômico protecionista, os presidentes democratas costumam "se lixar" para a América Latina, portanto, para o Brasil (a honrosa exceção foi Bill Clinton, que por sua amizade com FHC manteve excelentes relações com nosso país).
Para citar apenas alguns democratas que estiveram na presidência durante grandes conflitos, basta lembrarmos de Franklin Delano Roosevelt (II Guerra Mundial), Harry Truman (Guerra da Coréia), John Kennedy (Guerra do Vietnã e invasão da Bahia dos Porcos em Cuba), Lyndon Johnson (Guerra do Vietnã) e o próprio Obama, que além de não retirar todas as tropas norte-americanas do Afeganistão promoveu a caçada e execução de Osama Bin Laden, o terrorista responsável pelo atentado de 11 de Setembro.
Mas nossos "heróis" não aprendem. Para antagonizar com Trump - e por "tabela" com Bolsonaro, nossos ancoras criaram recentemente uma nova miragem de "Gandhi", John Biden. Erraram novamente: Esta semana, o novo presidente dos EUA divulgou um comunicado no qual solicita um amplo relatório sobre as descobertas de laboratórios americanos e outras agências federais para dar conta se o vírus da Covid vazou acidentalmente ou propositalmente de um laboratório chinês. Biden ordenou que as agências de inteligência lhe apresentem o relatório sobre o caso em 90 dias.
Como se vê, o novo guru da esquerda nacional, assim como Trump, seu antecessor, não morre de amores pela China ou outras ditaduras de esquerda, como supunham. Cabe também lembrar aos coleguinhas que nos últimos meses a hipótese de que o novo coronavírus tenha escapado ou sido "solto" de um laboratório em Wuhan, na China, vem ganhando corpo em todo o mundo. Já no Brasil, aventar tal hipótese é crime.

Papa
O papa Francisco parece não ter "papas na língua" (desculpem o trocadilho infame, mas foi irresistível). Na quarta-feira, durante a audiência geral que concede no Vaticano, um padre brasileiro, João Paulo, pediu-lhe orações pela população do Brasil. Em resposta, Francisco adaptando uma citação de Mário de Andrade (muita cachaça e pouca oração) disse, em tom de pilheria "Vocês não têm salvação. Bebem muita cachaça e rezam pouco". Está certo. Mas existem também aqueles que rezam muito e fazem pouco ou nada pelos outros.

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