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Luzes & Sombras

Vergonha nacional

Usando de uma filigrana jurídica ao acatar um habeas corpus impetrado no ano passado pela defesa de Luiz Inácio da Silva, o "Lula", o ministro do STF Luiz Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar os casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto presidido pelo notório ex-presidente. Segundo Fachin, a 13ª Vara Federal de Curitiba não era o "juiz natural" dos casos. A decisão do ministro, além de anular os processos movidos em Curitiba contra Lula,  teoricamente evitaria o julgamento da suspeição de Sérgio Moro, que diante das declarações públicas de seus ministros, já foi pré-julgado pelo STF. Não evitou. Como o STF ignora a Constituição e qualquer preceito jurídico ao seu bel prazer se colocando acima das leis, o notório ministro Lewandovski botou em pauta a suspeição do ex-juiz Moro.  A ação de Fachin tornou o ex-presidente, apesar das provas de que liderou o maior saque nas contas públicas já visto no Brasil e no mundo, elegível. A de Lewandovski pretende punir Moro por combater os criminosos.
O STF, além de demonstrar ao Brasil e ao mundo que em nosso país o crime compensa, e nos nivelar a uma "republiqueta de bananas", multiplicou a já conhecida insegurança jurídica do país. Também pôs por terra a esperança de boa parte da população brasileira - a que acredita num Brasil sem corrupção - de que um candidato equilibrado e honesto, pudesse disputar com chances a presidência em 2022. Teremos mais uma vez de escolher entre um corporativista tosco e um ladrão demagogo e semi-analfabeto.

Consequências

Leio em manchete no O Globo que a taxa de ocupação nas UTIs do SUS no Rio de Janeiro está em 96%. Dando seguimento à leitura do jornal, descubro que no sábado que passou, entre outras festas clandestinas, um pagode com mais de mil pessoas foi interrompido pela polícia em um imóvel em São Gonçalo e outra festa na Praça do Catatau em Nova Iguaçu. Em Porto Alegre, com UTI com taxa de ocupação de 100%, quase cinqüenta ajuntamentos foram dissolvidos pela polícia. Depois não adianta reclamar de que não há leitos e respiradores disponíveis. Apesar do Rio Grande do Sul, assim como alguns Estados brasileiros, possuir uma infra-estrutura de saúde pública superior a vários países do chamado primeiro mundo, com tal comportamento não dará conta do número absurdo de pacientes.

Vacinas
Até o final da semana passada, quatorze Estados brasileiros haviam aplicado somente 60% das vacinas recebidas do governo federal. Foram disponibilizadas aos Estados 6,07 milhões de vacinas, mas foram aplicadas apenas 3,8 milhões. A informação é do Laboratório de Estudos Espaciais do Centro de Pesquisas Computacionais da Rice University, de Houston EUA. A Instituição monitora a vacinação no mundo. O mais grave é que, os Estados que menos vacinaram, fazem parte do grupo cujos governadores criaram um "forum" pró-vacinas, no qual acusam o governo federal de não providenciá-las.
No Piauí do governador Wellington Dias, do PT, foram aplicadas apenas 108,3 mil (53%) das 206,6 mil doses disponibilizadas. No Maranhão de Flávio Dino, do PCdoB, foram aplicadas apenas 229.270 doses (51%) das 448.040 vacinas. Das 1.111.200 doses enviadas para a Bahia, do governador Rui Costa, do PT, só 58% foram usadas. No Ceará de Camilo Santana, também do PT, foram aplicadas 437 mil vacinas, o que corresponde a 62% das recebidas. A desconfiança é a de que na realidade, as vacinas não contabilizadas tenham sido "doadas para amigos" dos mandatários.

Deboche
Em plena pandemia, enquanto o governo quebra a cabeça para saber de onde vai tirar dinheiro para a nova rodada do auxílio emergencial, o Senado lançou um edital para licitar gastos no valor de R$ 12 milhões para a reforma dos apartamentos funcionais usados pelos senadores.

O gambito da Variety
Anya Taylor-Joy, de "O Gambito da Rainha" nasceu em Miami, Estados Unidos, mas ainda criança mudou-se com os pais para a Argentina. A atriz argentina é filha de pai argentino de raízes escocesas e de mãe que, embora nascida na Zâmbia, os antepassados ??são ingleses e espanhóis. Ela se considera argentina e se orgulha de seu país. Pois a revista norte-americana Variety, descreveu-a como "a woman of color", ou seja, uma mulher de cor. O artigo diz :"A argentina Taylor Joy é a primeira mulher de cor a vencer esta categoria desde Queen Latifah em 2008 e apenas a quinta mulher de cor a vencer desde 1982". Como se vê, na terra do "politicamente correto", embora descendente direta de europeus, o fato de Anya ter nascido na América Latina, faz dela uma "a woman of color".

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