Anunciada no mês de abril como um avanço no atendimento a pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), a Política de Atendimento Integrado à Pessoa com TEA, batizado com o nome "TEAcolhe", eleva de tal forma as exigências para o credenciamento de Centros Regionais e Macrorregionais de Referência que praticamente inviabiliza a adesão de entidades do Interior do Estado. A observação é da equipe gestora da Secretaria Municipal da Saúde, que tem oferecido suporte técnico ao Centro de Apoio ao Autismo "Despertar" para buscar os benefícios do programa.

Na última quinta-feira, 29 de julho, a diretoria da entidade e a equipe técnica e de gestão da Secretária Kátia Raposo se reuniram para tratar do programa. "Temos trabalhado para ajustar o cadastro da Despertar no edital do programa, porém os pré-requisitos são excessivos e o recurso advindo do Estado é irrisório e insuficiente diante da quantidade de profissionais que eles exigem", assinala a secretária. "A crítica que o prefeito Rossano tem feito a algumas ações da gestão estadual, mais de marketing que de efetividade, certamente se aplica a esse programa", ponderou.

A Associação Despertar, mantenedora do Centro Despertar de Apoio à Pessoa com Transtorno de Espectro Autista, recebe apoio do Município na forma de um convênio, tendo como objeto a cedência de espaço físico e de profissionais, além do respaldo e apoio das secretarias de Saúde e de Assistência Social. "Para mantermos com regularidade os serviços e apoios prestados, precisamos de recursos externos", assinala a presidente Tatiana Ribeiro Pinto. O atendimento como centro de referência é uma das alternativas que estão sendo buscadas, além da parceria de outras prefeituras. "Sem dúvida, é um trabalho que precisa ter continuidade, mas seguiremos trabalhando na captação de recursos externos para este objetivo", assinala Kátia Raposo.

Além da presidente Tatiana Ribeiro, participaram do encontro os diretores Felipe Teixeira Gava, Cátia Dutra e Clarissa Colleto.