SÃO GABRIEL WEATHER

Governo quer usar R$ 9 bilhões para evitar disparada nas contas de luz

O governo federal avalia usar um saldo de R$ 9 bilhões disponível numa conta setorial para evitar o aumento de tarifas de energia elétrica nos próximos meses, que pode ser causada pela seca histórica que atinge o País. Por conta da menor previsão de chuvas e baixa dos reservatórios das hidrelétricas, o governo está acionado mais termelétricas — especialmente nos horários de pico de demanda — para garantir a segurança do sistema elétrico nacional.

Normalmente, termelétricas têm um custo mais alto, o que pesa nas contas de luz. Por isso, o Ministério de Minas e Energia avalia usar R$ 9 bilhões disponíveis na chamada Conta Bandeira para cobrir o custo das termelétricas.

Essa conta centraliza os recursos arrecadados das bandeiras tarifárias, arrecadada na conta de luz nos períodos de seca. Segundo técnicos do Ministério de Minas e Energia, a medida será adotada se a estação chuvosa demorar, ou não for suficiente para encher os reservatórios. A conta centraliza receitas e despesas das bandeiras.

O saldo da Conta Bandeira poderá ajudar nas despesas decorrentes do despacho de energia produzido pelas térmicas para atender a demanda. O objetivo, disse um integrante do governo, é evitar onerar ainda mais o orçamento das famílias com o acionamento da bandeira de escassez hídrica.

A bandeira amarela na conta de energia é o primeiro estágio de alerta do sistema. Quando as condições de geração da energia estão com custos ainda mais altos, as bandeiras vermelhas (patamar 1 e 2) são acionadas, o que gera um aumento maior para o consumidor. A bandeira de escassez hídrica é mais cara.

Neste mês, está em vigor a bandeira vermelha 1, que significa um acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.

O MME está monitorando de perto a situação dos reservatórios para se antecipar à adoção de medidas e evitar problemas, como falta de água ou racionamento. O Sudeste e Centro-Oeste enfrentaram, nos últimos três meses, a pior seca de toda a série histórica. Os reservatórios das duas regiões respondem por 70% do armazenamento do País.

O cenário é considerado preocupante, mas ainda melhor se comparado a 2021, quando houve uma crise hídrica, disse um técnico da pasta. Na ocasião, os reservatórios estavam com 21% da capacidade. Hoje, estão com capacidade em torno de 55%. Além disso, o saldo Conta Bandeira é superavitário. Em 2021, era deficitário.

Segurar a água

Desde março, o governo vem adotando medidas para segurar a água nos reservatórios, reduzindo a vazão de hidrelétricas. Isso foi feito em Jupiá e Porto Primavera, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, o que resultou em uma reserva extra de 11% no volume de água.

Em julho, foi a vez de Tucuruí (Pará), que já elevou o reservatório em 5%. No mês passado, a decisão foi de segurar mais água no reservatório auxiliar de Belo Monte, também no Pará. Na região Norte, a Eletrobras informou que a hidrelétrica de Santo Antônio paralisou as unidades geradoras localizadas na margem esquerda e no leito do rio, que atingiram os limites operacionais em função das baixas vazões no Rio Madeira.

Nesta semana, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, reduziu a vazão de saída nos reservatórios das usinas hidrelétricas Sobradinho e Xingó. A medida cumpre uma determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). As informações são do jornal O Globo.


Anterior

Cartórios de Imóveis ultrapassa a marca de 1 milhão de atos online no Rio Grande do Sul

Gabrielense participa de prova na maior vitrine da arrancada no Brasil Próximo

Gabrielense participa de prova na maior vitrine da arrancada no Brasil

Deixe seu comentário