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Luzes & Sombras

Democracia chinesa

O correspondente da BBC na China, John Sudworth, deixou o país depois de sofrer ameaças e intensa pressão por parte do governo chinês. A perseguição ao jornalista se deu em razão da cobertura dada pela emissora britânica a assuntos como as origens da covid-19 e a repressão às minorias muçulmanas na região de Xinjiang. Esta semana, a União Européia divulgou uma nota pedindo aos governantes chineses que o país garanta a liberdade de expressão e de imprensa no seu território. Segundo o bloco europeu, o episódio envolvendo o jornalista britânico é apenas mais um dos inúmeros casos de jornalistas estrangeiros obrigados a sair da China em razão de perseguições e obstruções ao seu trabalho por parte da ditadura comunista. Só o ano passado, 18 profissionais de imprensa foram obrigados a abandonar o país em virtude da truculência do governo.

Vacinas
O governo federal já negociou 626 milhões de vacinas Além das da AstraZeneca e Coronavac, as mais utilizadas, da Fiocruz e Butantã respectivamente, outros laboratórios fornecerão os imunizantes. Portanto, o número de vacinas adquiridas até agora ultrapassa em mais de 50% o necessário para vacinar toda a população brasileira, sem levar em conta que mais de 120 milhões de habitantes são crianças, que ainda não foram autorizadas a receber a vacina em nenhum país do mundo. Mas vamos aos números. O Butantã fornecerá 130 milhões de doses da Coronavac e a Fiocruz a maior 222,4 milhões de doses da AstraZeneca. Segundo o acertado, estas vacinas deverão ser entregues até o final do ano. O Ministério da Saúde também fechou a compra de 63 milhões de doses da vacina Moderna e 100 milhões de doses da vacina Pfizer, ambas fabricadas nos EUA, além de 41,4 milhões de doses através da Covax Facility.
A afirmação de que o governo federal poderia ter adquirido vacinas da Pfizer no início da pandemia é apenas política. O próprio bloco Europeu, que negociou e pagou as vacinas na mesma época citada pela imprensa, recebe à conta-gotas os imunizantes, fracassando na imunização. A falta de vacinas afeta a vasta maioria dos países, que foram surpreendidos pelo não cumprimento da entrega de doses negociadas. No Brasil, os atrasos na vacina são classificados como "desorganização".
 
Impunidade
Enquanto a população brasileira sofre com a pandemia de covid19 e suas consequências para a economia causada pelos constantes fechamentos do comércio, sorrateiramente, Congresso, STF e outras instituições menores seguem em sua saga de ressuscitar a impunidade no país. Hoje, mais um safado absolvido pela segunda turma do STF. Lewandowski e Kassio Marques acompanharam o voto do relator Gilmar Mendes pelo arquivamento de uma ação penal contra o ministro do TCU, Vital do Rêgo, no âmbito da Lava Jato. Somente Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram pela continuidade do processo em que Vital é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo investigações da Polícia Federal e o Ministério Público, durante o governo de Dilma Rousseff o ministro do TCU teria recebido R$ 3 milhões da OAS para blindar executivos na CPI da Petrobras.

Sangria

Segundo o Instituto Millenium/ODX, o funcionalismo público custou em 2020 mais de R$ 1 trilhão ao Brasil (na realidade, aos contribuintes). O valor equivale a 13,7% de toda a produção do país. Grande parte do valor é de responsabilidade dos chamados "penduricalhos", que burlam a Lei e engordam os ganhos de algumas categorias. No Brasil, embora a Constituição limite os demais salários ao teto do recebido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (R$39,2 mil), os penduricalhos aumentam infinitamente os valores pagos e são ignorados pela Suprema Corte, também beneficiada por eles.

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