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ENCHENTES ATRASAM PRINCIPAIS OBRAS DO PAC NO RS E DEVEM FORÇAR REVISÃO DE PROJETOS.


As enchentes que atingem o Rio Grande do Sul também estão atrasando obras de infraestrutura no Estado e deverão forçar a revisão de projetos. Empreendimentos importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado ficam próximos ou mesmo dentro dos rios que encheram e levaram o caos à região.
Do total de 307 ações listadas na relação divulgada pelo governo federal como "obras" no Rio Grande do Sul, 247 estão ao menos parcialmente em cidades que tiveram situação de calamidade ou emergência reconhecida até a semana passada - a reportagem considerou apenas as ações identificadas por município.
Uma das principais obras anunciadas para o Rio Grande do Sul no PAC ainda não está em andamento, mas a enchente mostrou que o atual projeto pode precisar de uma revisão. Trata-se do acesso à segunda ponte sobre o Guaíba. Há, no entorno, uma pequena comunidade que terá de ser realocada para dar lugar às alças de acesso. As casas foram tomadas pela água.
"O que alagou mesmo foi a ponta [da ponte] onde chegam as alças de acesso a Porto Alegre", disse ao Broadcast Político o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva. "Vamos ter que avaliar o encaixe dessas alças à via existente", afirmou. Ele se refere à altura da construção.
O superintendente do Dnit também disse que os canteiros de obras da BR-116 e da BR-290 não foram diretamente atingidos pelas enchentes. Ainda assim, as cheias poderão impactar nos cronogramas. Os obstáculos são principalmente logísticos, já que ficou mais difícil mover material de construção e trabalhadores no Estado por causa dos alagamentos.
"Vamos ter que reavaliar nesse período próximo, quando as coisas se equalizarem, o quanto foi de atraso", disse Pinheiro da Silva. Em 10 de maio, o Broadcast mostrou como os problemas logísticos causados pelas enchentes devem atrapalhar as cidades gaúchas que exportam.
A lista do PAC no Rio Grande do Sul também inclui obras em quatro eclusas já existentes, todas nos rios Jacuí e Taquari. Segundo apurou a reportagem, a cheia cobriu ao menos três - cujas obras ainda não haviam começado. Autoridades locais até agora não conseguiram avaliar se houve danos porque a maior parte das estruturas continua submersa. As cheias no Jacuí e no Taquari causaram destruição no interior do Estado antes de fazerem subir o nível do Guaíba, que inundou a capital Porto Alegre.
As obras da Barragem de Jaguari, entre São Gabriel e Lavras do Sul, tiveram só um dia de trabalho normal em maio, de acordo com o governo gaúcho, responsável pelo empreendimento. Outra barragem que poderá ter as obras afetadas é a de Taquirembó, entre Dom Pedrito e Lavras do Sul.
A Secretaria de Obras Públicas do Estado do Rio Grande do Sul disse, em nota, que ainda não foi possível mensurar os danos causados pelas chuvas nas obras do PAC sob sua responsabilidade, e que alguns serviços possivelmente precisarão ser refeitos.
A atual edição do PAC foi anunciada pelo governo federal em agosto do ano passado. Serão R$ 75,6 bilhões em investimentos no Rio Grande do Sul, de acordo com comunicado do Palácio do Planalto divulgado à época. O texto destacava ações como a duplicação da BR-116, os acessos à nova ponte sobre o Guaíba, a duplicação da BR-290, entre outras.
Além das medidas que a lista disponível no site do governo atualmente classifica como "obra" (em sua maioria, tocadas diretamente pelo poder público federal), há concessões e PPPs, elaboração de projetos, financiamento e outras ações, totalizando 434 no Estado.


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