O Comitê Estadual para Enfrentamento da Tuberculose do Rio Grande do Sul promove, nesta quinta-feira (15/12), a assembleia de planejamento para 2023, no auditório do Sanatório Partenon (Av. Bento Gonçalves, 3722, Porto Alegre), a partir das 8h30. A atividade conta com o apoio da Secretaria da Saúde (SES), por meio da participação de servidores do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, do Sanatório Partenon e do Programa Estadual de Controle da Tuberculose.

Entre os assuntos tratados durante o encontro está o enfrentamento da tuberculose e da coinfecção tuberculose e HIV: balanço e perspectivas no marco da pandemia de covid-19, ministrado pela coordenadora da área de pesquisa em coinfecção tuberculose e HIV da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (REDE-TB), Gabriela Magnabosco.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose e diretora do Hospital Sanatório Partenon, Carla Jarczewski, e a especialista em saúde da SES, Janilce Dorneles de Quadros, falarão sobre as atualidades no enfrentamento da tuberculose e da coinfecção tuberculose e HIV. De acordo com Janilce, as duas novidades no cuidado aos pacientes com a doença são a descentralização da assistência, realizada hoje pelo Sanatório Partenon, para a Atenção Primária em Saúde, e a incorporação de uma nova tecnologia para o diagnóstico da tuberculose, um exame de urina para detecção da doença em pessoas vivendo com HIV com imunodepressão. "A descentralização do cuidado da tuberculose já vem sendo debatida desde 2019", ressaltou Janilce.

O seminário tem expectativa de público de 50 pessoas, representantes de programas municipais de controle da tuberculose, conselhos municipais de saúde, organizações não governamentais, conselho estadual de direitos humanos, conselho estadual de saúde, coordenadorias regionais de saúde, e representantes das políticas de educação, de assistência social e de segurança pública.

De acordo com o último informe epidemiológico da tuberculose publicado pela SES, no Brasil foram notificados 68.271 casos novos em 2021, o que equivale a um coeficiente de incidência de 32,0 casos por 100 mil habitantes. Já o número de óbitos registrados foi de 4.543 em 2020, o que corresponde a um coeficiente de mortalidade de 2,1 óbitos por 100 mil habitantes.

No Estado, foram notificados 4.769 casos novos (41,6 casos/100.000 mil hab) em 2021. Em relação à mortalidade, foram registrados 282 óbitos em decorrência da doença (2,5 óbitos/100 mil/hab) em 2020.