A Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis de São Gabriel (Apasfasg) – ONG Amigo Bicho anunciou que suspendeu, desde sexta-feira (16/02), o serviços de resgate a animais de rua. Sem dinheiro e apoio para conclusão do canil, no Bairro Santa Isabel, as protetoras informaram que o local já não oferece condições para abrigar novos animais. Atualmente, o local em obras serve de moradia para 42 cães.
Segundo a direção da ONG, a meta é seguir protegendo e acolhendo os bichinhos (hoje abrigados e que estavam em alguma situação de risco). Além disso, segue a política que busca novos tutores para levarem os pets para casa com a garantia de um ambiente saudável.
Em nota, a ONG informou que os animais abrigados em lares temporários também seguirão recebendo assistência, com os encaminhamentos para consulta e tratamento veterinário sendo disponibilizados assim que a prefeitura liberar as novas fichas.

DOAÇÕES
Mesmo com os resgates suspensos, a ONG segue precisando de ajuda para manter os animais abrigados, necessitando de doações e colaboração para aquisição de alimentos e pagamento das dívidas de tratamentos passados com os veterinários.
"Estamos com muitos animais, sem ajuda para nada; não estamos conseguindo terminar a obra do Santa Isabel. Além disso, não temos água e luz (nos dois canis). Estamos passando muito trabalho... até o veículo, que usamos para recolher os animais, está estragado e não temos dinheiro para consertar. Não adianta ficar recolhendo os pets e não ter como tratar deles", explicou a voluntária, Lica Silveira.
Atualmente, a ONG Amigo Bicho administra um canil no Bairro Vivenda e um abrigo (em fase de construção) no Bairro Santa Isabel.
O do Santa Isabel – projetado para abrigar animais de rua e servir de consultório para atendimento e castração – é tido como solução para os principais problemas, mas, há mais de cinco anos, está com as obras paradas.
Planejado para utilizar material reciclável, o abrigo já está 50% concluído; a outra metade depende de doações (descartes de garrafas pet, televisores e pneus). Há um ano, a ONG tenta arrecadar R$ 30 mil para concluir o abrigo.