Por Cláudio Moreira

A cidade de São Gabriel está em luto após a trágica notícia da morte do jornalista Leonardo Caldas Vargas, que faleceu neste sábado (28/09) em São Paulo, aos 41 anos. A informação foi confirmada pelo Canal Rural, onde Vargas coordenava a operação jornalística em diversos estados do país desde fevereiro deste ano. A mãe de Leonardo, Adriana Caldas, fez o anúncio da morte do filho nas suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada. Este jornal buscou informações com a Secretaria de Segurança de São Paulo, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição. O velório aconteceu nesta segunda-feira, 30 de setembro, na parte da tarde, na Capela Nobre da Funerária Santa Rita, em São Gabriel. O sepultamento aconteceu no cemitério da Santa Casa.

Natural de São Gabriel, Leonardo era formado em Comunicação Social, com especialização em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Durante sua trajetória profissional, passou por instituições renomadas, como o Grupo RBS e a Rádio Gaúcha, onde se destacou por seu compromisso com a verdade e a informação de qualidade.

Leonardo também atuou como repórter de política na revista Veja e prestou consultoria a várias entidades governamentais, incluindo a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e o Senado Federal. Além de suas contribuições em jornais e revistas, acumulou experiência na criação e direção de documentários, bem como na organização de obras literárias.

Os colegas e amigos lembram de Leonardo não apenas como um profissional exemplar, mas também como uma pessoa de grande caráter, sempre disposto a ajudar e a compartilhar conhecimento. “Leonardo era mais que um jornalista; ele era um amigo e mentor para muitos de nós. Sua paixão pelo jornalismo era inspiradora”, comentou um colega, que preferiu não se identificar.

A notícia de sua morte deixou a comunidade em choque. Recentemente, em 20 de agosto, havia falecido o avô de Leonardo, o cirurgião dentista e ex-secretário da Saúde de São Gabriel, Arthur Caldas, de influência marcante na criação de Leonardo. O jornalista vivia um processo de luto.

Leonardo Caldas já deu entrevistas especiais para o Jornal O Fato, também aqui desta cidade. Amigo pessoal do sócio-proprietário Theodoro Chiappetta Focaccia Saibro, Leonardo sempre que possível cooperava com o jornal criado pela família Focaccia, com quem o jornalista tinha laços profundos de amizade. “O jornalismo perdeu um gênio, mas eu perdi muito mais, porque perdi um amigo”, definiu Theodoro.

Outros amigos de longa data lamentaram a morte de Leonardo e enfatizaram sua integridade profissional, bondade pessoal e caráter ilibado. “Ele, um mestre da escrita e das palavras, me deixou sem elas agora”, disse o secretário municipal de Administração Lucas Cabral. “Dos corações mais grandiosos e bondosos que conheci. Um amigo, um primo, um irmão. Cuidou de todos nós, da minha mãe. Que perda irreparável”, disse o empresário Júlio Brandão Rocha.

A morte do jornalista repercutiu em todo o país. O Canal Rural, empresa onde trabalhava ultimamente, emitiu uma nota de pesar. Jornalistas da extinta TVCom, do Grupo RBS, da Bandeirantes e de assessorias de imprensa de São Paulo e Brasília também lamentaram a partida de Leonardo em suas redes sociais.