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Vacinação: Ministério da Saúde nega desabastecimento no Rio Grande do Sul


O Ministério da Saúde negou que haja desabastecimento em relação às vacinas recomendadas para a uso da população do Rio Grande do Sul atingida pelas enchentes que assolam o Estado desde o final de abril. De acordo com a pasta, todas as solicitações feitas pelo RS estão sendo atendidas pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), respeitando a capacidade de recebimento e armazenamento estadual.
“Houve reforço da imunização”, disse o secretário de Atenção Primária em Saúde e coordenador do Centro de Operações de Emergência em Saúde, Felipe Proenço, em entrevista à Agência Brasil.
Estão disponíveis cerca de 300 mil imunizantes, que foram pensados para manter o Programa Nacional de Imunização dentro das orientações que já são feitas cotidianamente, mas voltadas para o momento que o estado vive atualmente o Rio Grande do Sul, com a oferta de doses para gripe, covid e tétano, informou o secretário.
Segundo Proenço, que tem feito visitas frequentes ao Rio Grande do Sul, os pedidos de imunizantes já vinham sendo atendidos, mas, diante das emergências, houve reforço no envio de vacinas ao estado, principalmente às destinadas à prevenção da gripe, da covid e do tétano.
Proenço explicou que é preciso entender o contexto: entre as pessoas que estão nos abrigos e aglomeradas, sazonalmente, já era esperado aumento de doenças respiratórias.
“Mas, nessas condições de abrigados e de pessoas desalojadas, a tendência é de aumento das doenças respiratórias. Quanto ao tétano, na medida em que a água vai baixando e as pessoas vão voltando para casa, para consertar o que é possível e tirar o que tiveram de perda, elas tendem a se machucar. Nesse caso, a prevenção do tétano é fundamental”, disse o secretário. De acordo com ele, diante do cenário bastante dinâmico do estado, o Ministério da Saúde faz avaliações diárias para verificar se há novas necessidades.
“Dentro do que foi demandado e do que temos das equipes volantes da Força Nacional do SUS [Sistema Único de Saúde] que têm acompanhado as ações nos abrigos, estamos em contato constante com a Secretaria de Estado de Saúde e secretarias municipais de Saúde. Então, no que foi demandado, entendemos que é suficiente”, acrescentou.
Até o dia 24 de maio, foram encaminhados ao Rio Grande do Sul 955,4 mil imunizantes: 190,4 mil para covid-19, 200 mil para difteria e tétano (dT – dupla bacteriana adulto), 50 mil pentavalentes, 65 mil de DTP (difteria, tétano e pertussis), 10 mil vacinas adsorvidas para difteria, tétano e pertussis (acelular) (dTpa – tríplice bacteriana acelular tipo adulto), 22 mil para hepatite A, 5 mil contra raiva canina, 18 mil vacinas contra raiva em células vero e 400 mil para influenza, informou o Ministério da Saúde.
Segundo a chefe da Seção de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul, Eliese Denardi Cesar, o Estado tem priorizado as vacinas que estão na nota técnica conjunta com o Ministério da Saúde, que são contra covid, influenza, tétano, hepatite A e raiva. “Nesse contexto das inundações, das enchentes, essas foram elencadas como prioridade”, confirmou Eliese.
Para o pesquisador Cristóvão Barcelos, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz), Cristóvão Barcelos, mesmo que o ideal seja as pessoas se imunizarem antes de tragédias como as enchentes do Rio Grande do Sul, em alguns casos, ainda há tempo de vacinar para prevenir doenças. Barcelos ressaltou que esta é uma inundação diferente porque está durando muito tempo e que quem ainda não foi exposto aos riscos patogênicos, daqui por diante, pode ser infectado e ficar doente.
“Como a duração do desastre é muito grande, ainda dá tempo de vacinar as pessoas mais fragilizadas, mas isso tem que ter critério porque não pode ter vacinação de todos infelizmente”, disse Barcelos, em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com o especialista, os números indicam que cerca de 2 milhões de pessoas foram atingidas pelas cheias no estado, e não há quantidade de vacinas nesta proporção.
“Não existe vacina para 2 milhões de pessoas. Tem que elaborar uma lista de prioridades. Por exemplo, pessoas que estão em abrigos já estão recebendo vacinas da gripe, que são doenças respiratórias muito comuns em condições de abrigo. Isso é importante. Pessoas que estão em algum tipo de aglomeração, muito juntas umas das outras”, acrescentou.


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